Caderno Secreto

Como é que posso te perder
se na verdade eu nunca tive você?
Por que será que dói te ver
com outra pessoa e finjo não me surpreender?
Saio andando pra outro lado
pego um rumo, uma nova direção
Não pode estar acontecendo agora,
mas que desgraçado esse meu coração

E hoje não sei se te amo ou esqueço de ti
Não sei se rasgo ou te mostro as linhas que escrevi
Talvez seja mais coerente fazer o que eu sempre fiz
Guardar meu caderno secreto e te deixar ser feliz

Como eu posso aguentar
sentir teu abraço e ter que me segurar?
Por que eu sempre perco a hora
e quando vou embora nem dá tempo de falar?
Que eu te escrevi esses versos
bem incertos, pra tentar compreender
O que se passa na minha cabeça confusa
toda vez que vou te ver

E hoje não sei se te amo ou esqueço de ti
Não sei se rasgo ou te mostro as linhas que escrevi
Talvez seja mais coerente fazer o que eu sempre fiz
Guardar meu caderno secreto e te deixar ser feliz

Mesmo que isso me faça sofrer
E pensar em ti sabendo que não vou te ter
Mas se alguém tem que perder, que seja eu
Pois no final das contas você nunca me pertenceu

Viver é desenhar sem borracha. Droga.


Tem dias que tudo o que eu mais quero é desaparecer... Dias como esse, dias como aquele.
Me sinto perdida dentro de mim, sem entender muito bem esse turbilhão de sentimentos que se chocam com a minha razão.
Eu odeio me sentir assim. Eu odeio pensar em tudo o que poderia ter acontecido se apenas uma decisão fosse diferente.
E às vezes eu odeio quando todos me falam: "que isso sirva de lição" ou "tem que ter mais cuidado".
Fodam-se as lições, fodam-se os cuidados!!
Eu queria mesmo era ter uma borracha gigante pra apagar as minhas idiotices.
Mas é como já dizia numa frase famosa que eu nem sei quem disse, "viver é desenhar sem borracha".
Droga.
Eu acho que a vida de gente deveria ser que nem um filme... tudo escrito num roteiro perfeito!! Mas tenho uma novidade para mim mesma, não é!!
Por isso que eu ainda vou continuar fazendo muita porcaria e me sentindo um lixo... Que nem to me sentindo agora.
E quer saber... Eu só não me arrependo... Porque arrependimento é para os fracos e eu não sou assim!
Vou seguir dando minhas tropeçadas e as assumindo de cabeça erguida porque eu não tenho medo de ser quem eu sou. E daqui pra frente o que eu puder fazer pra evitar me sentir assim, certamente farei. Definitivamente não é legal.

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Os Intrometidos

Era uma vez 4 meninos intrometidos que resolveram unir forças para combater o terrível Sr. dos Acordes Desafinados.
Cada um deles possuía um dom especial, por isso eram quase imbatíveis. Só havia um inimigo que eles ainda não haviam derrotado e essa luta estava apenas começando.
O Guitar Hero, hipnotizava qualquer pessoa com seus solos de guitarra. O Super Bass era capaz de estourar os tímpanos de qualquer um com seus acordes graves. O Drumman lançava suas baquetas afiadas a uma distância inimaginável. E o Vocal Star transformava-se em qualquer coisa que sua voz fosse capaz de imitar.
Assim Os Intrometidos foram criando cada vez mais força, poder e controle sobre seus poderes, porém suas habilidades não estavam surtindo o efeito desejado contra o terrível Sr. dos Acordes Desafinados. Ele continuava a dominar mais grupos e os meninos não sabiam o que fazer para superar esse obstáculo e impedir que o vilão fizesse mais vítimas.
Sem nenhuma idéia do que fazer eles foram pra luta. Pensavam que talvez com a união dos seus poderes algum milagre acontecesse.
O terrível Sr. dos Acordes Desafinados vinha com tudo e fez com que eles desafinassem logo na primeira canção. Mas Os intrometidos eram mais espertos do que ele pensava e o Guitar Hero hipnotizou a platéia com um solo de guitarra arrasador. E depois veio mais uma chuva de tentativas para acabar com a reputação dos destemidos meninos e eles não se intimidaram.
Aí veio uma jogada de mestre do terrível Sr. dos Acordes Desafinados que Os Intrometidos não esperavam... Ele fez com o Guitar Hero errasse uma nota, o que acabou fazendo com que o Vocal Star ficasse hipnotizado, virando um ditador de regras maligno e perverso.
Dessa vez Os Intrometidos estavam em apuros.
Então, numa coincidência mais que do providencial, eles encontraram os 2 reforços que lutariam ao seu lado até o fim.
O menino possuía o poder da super tecnologia. Com sua spycam ele capturava as imagens dos inimigos para outra dimensão e o seu veículo intergalático era capaz de se adaptar ao tamanho desejado viajando na velocidade da luz.
E a menina... Que tinha os cabelos da cor do fogo, queimava tanto quanto uma fogueira em brasa e do seu olhar saltavam faíscas a cada vez que seu nome era pronunciado.
Foi desse jeito que Sonic3 e Firefox juntaram-se a família de intrometidos. A partir daí a vitória ficou mais próxima, mas a guerra ainda estava longe de acabar.

Gosto a tempo bom

Eu caminho por aquelas ruas mapeadas no meu pensamento. Reconheço cada pedra enquanto ouço os ruídos que agora me soam estranhos. Estranhos como os rostos que não consigo lembrar.
Eu caminho só, mas não me sinto só. Os fantasmas das minhas recordações andam de mãos dadas comigo. Eles me levam onde sou quase uma deles e eu fico feliz por isso.
E quando sento no mesmo lugar e bebo da mesmo fonte, sinto aquele gosto a tempo bom que há muito já tinha fugido da minha língua.
Respirando o ar que muitas outras vezes eu respirei, consigo voltar no tempo. Eu quase posso cantar a minha música ao som do teu violão.
A noite cai devagarinho e as estrelas de âmbar brotam no meu céu apagado. Aquele mesmo céu que muitas vezes vimos amanhecer.
Eu olho pra testemunha de nossas alucinações ainda petrificada no mesmo lugar. Ele continua imóvel, mas nós não estamos mais por aqui.
Então a saudade vem chegando mansinha acompanhada daquela vontade que me dá de chorar e rir ao mesmo tempo. E quantas vezes nós não choramos e rimos aqui? E quantas vezes nós não amamos e mentimos aqui?
É, esse lugar que faz parte de nós ainda fará parte de muitas outras histórias e eu realmente espero que elas sejam tão maravilhosas quanto um dia foram as nossas.

Mesma história

Eu não quero que isso aconteça mais uma vez
Já sei como essa história vai terminar
Não importa o início
No fim sou eu quem vai chorar
Procuro sempre andar em outra direção
Mas não é uma coisa fácil de controlar
Não importa o caminho
No fim você vai estar lá

Racionalizo os meus pensamentos, mas quando te ouço eles voam com o vento
Meu Deus, como faço isso parar?
Tem que haver alguma solução, eu não vou aguentar outra decepção
Sinto que vou ter que me afastar

E quando penso em ir embora
O seu corpo pede pra eu ficar
E quando eu quero te esquecer
O seu cheiro vem pra me lembrar
Que pelo teu carinho vale apenas arriscar

Mas eu sei o que você vai fazer
Depois de tudo vai me convencer
Que ta me deixando só pra me fazer feliz
Que eu vou encontrar quem me dê o que eu sempre quis
E mais...

Só que quem decide isso sou eu
Essa conversinha de bom demais pra mim já deu
Eu só queria que você fosse meu...

Eu só queria que...

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Só eu

Ás vezes eu me pego pensando em como o diferente tem se tornado tão comum.
Ser diferente hoje em dia não faz mais diferença, porque a vontade de se sobressair é tão ridícula que tudo o que se faz fica igual.
Eu achei que você era diferente. Mas o que ser diferente significa? Significa que no final você foi exatamente igual a todos os outros.
Eu bem que tentei enxergar além do alcance. Eu bem que tentei te imaginar de um jeito diferente. Não consegui.
Eu esperava que a tua diferença, mesmo tão igual as outras diferenças, te faria completar o meu caderno de palavras-cruzadas. Mas você não sabia a resposta do sentimento dos amantes com 4 letras. Então deixei você colar.
E aí quem descolou fui eu!
Agora é a sua vez. Me ensina a te querer porque sozinha tá difícil.
Acho que desaprendi a tentar ser diferente e acabei ficando incomum.
Certamente essas linhas não te farão sentido nenhum e algumas vezes ela não fazem pra mim também. Mesmo assim, ainda quero te conhecer e decorar todas as tuas medidas. Desenhar cada linha do teu corpo no bloco da minha imaginação.
Eu ainda quero me afogar nos teus lábios e apagar a luz só pra ver o seu olho brilhar.
E quando você tiver me mostrado tudo o que eu preciso ver, eu vou te provar que a única razão pra ser diferente é chamar a atenção para o que ninguém vai ver. Só eu!

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Consideração sobre o VMB 2009

Que o VMB é a premiação musical mais importante do país, todo mundo já tá cansado de saber, mas a edição 2009 não foi lá essas coisas. A apresentação do Adnet foi legal, afinal, ele é um cara engraçado e espontâneo. As piadas foram bem pertinentes e as imitações perfeitas, como sempre.
Eu sinceramente não gostei dessas "mil" categorias novas que inventaram, porque a maioria dos prêmios não foram entregues na festa e acredito que nem os caras que receberam devem ter gostado muito, dava pra ver só pela cara deles. Twitter do ano e afins deviam ter uma premiação só pra eles. Porra, que eu saiba MTV quer dizer Music Television, logo premiem os músicos que merecem e pronto! Como sempre foi, aliás.
Esse ano foi definitivamente da Fresno. Os caras levaram 4 prêmios, inclusive o de Banda do Ano.
Eles tão fazendo sucesso mesmo, então merecem!
O NX Zero, que foi o sortudo do ano passado, só levou o Hit do Ano. E a Pitty, que é a queridinha da MTV, não levou NADA! Pra ela só restou um show mesmo.
O Melhor Clipe do Ano foi pro Skank, justo. O clipe é bom mesmo.
O Vivendo do Ócio levou o Aposta Mtv, merecido também. Os caras tem um som bem interessante e fizeram um dos melhores shows da noite. Falando em show o melhor de 2009 foi o dos Paralamas do Sucesso.
Mas o pior vencedor da noite foi o Cine, sem dúvida. Os caras não tem moral pra ser Artista Revelação. Melodia grudenta e letra vazia!!!
Enfim... gostei de algumas coisas e de outras não! Mas, o que abalou as estruturas da noite foi com certeza o show do Massacration com o Falcão (brega, do girassol)!!
E o Franz Ferdinand, que tinha tudo pra ser o melhor show, não saiu da mesmice de sempre!

"and always...

Será mesmo que as coisas estão bem do jeito que eu finjo que estão?

É, eu ando fingindo muitas coisas ultimamente... Inclusive que eu não quero o quero e vice-versa.
Eu quero tudo! Eu quero o mundo!
E eu quero principalmente o que eu não posso ter.
Querer... Poder ter.
Ser feliz sem nenhum porque.
Mas então me diz qual é a verdadeira razão de poder sentir, se não há nada de bom por aí?!
É, eu também sei que ando um pouco pessimista... Tá bom, eu admito que ando muito pessimista.
Mas o que eu posso fazer se... Bom, se... Tudo o que eu faço não é o suficiente pra mim.
Agora além de pessimista eu to ficando complexa também. Deve ser porque é meia-noite, tá chovendo e na TV tá dando um filme ridículo.
Não tenho nada pra fazer... E eu sozinha, sozinha, sozinha...
como sempre!

"and always...


--> Escrevi isso já faz um tempinho... numa noite qualquer de insônia.

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Um pouco mais, por favor.

Será que é possível dividir o coração em mais de uma parte?
Às vezes acho que sim, pois o meu está perdido em sentimentos que nem sei mais quais são reais ou imaginação.
O que é mais importante: inteligência, beleza ou desejo?
Talvez um misto disso tudo com uma pitada de essência de baunilha!


Ele me olhava de um jeito estranho, mas eu fingia não perceber. Me fazia de boba e sorria sozinha quando ninguém estava olhando.
Era tudo tão fresco que eu quase podia sentia a brisa do mar no seu cheiro. Aquela cara de anjo enganava muita gente, mas não a mim. Eu sabia que tinha alguma coisa errada com aquele esboço de sorriso meio sem graça... Sabia que havia algum interesse além daquelas fotos desfocadas.
Eu sabia, mas mentia.
Mentia para os outros e principalmente para mim mesma.
Como eu poderia começar uma projeção naquele poço de infantilidade?
Ok, eu não sou a pessoa mais madura do mundo, só que ele é verde demais. E como eu esquivava das diretas?
Simples, era a mesma que sou, mas com o dobro de sarcasmo.


Sim, eu também tenho medo.
Sim, eu também choro.
E nesse momento tudo o que eu quero te dizer é não, eu não penso mais em ti!

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Vestidando...

Esses dias eu estava coversando com uma amiga sobre vestidos de noiva e casamentos... Daí me surgiu a idéia de fazer um post sobre isso.
Gosto é uma coisa que realmente não se discute, ainda mais o estilo que vai ser o vestido de um dos, se não o, dia mais importante da vida de uma mulher.
Por isso dei uma pesquisada e achei uns modelitos de bem interessantes.

Bom, o primeiro é da famosa noiva tradicional: Bonito, mas comum demais pra mim.

O segundo é da noiva mais minimalista: Simples, mas glamuroso. Quase perfeito pra mim.

O terceiro é da noiva brega: Aquela que quer colocar tudo que tem direito e se perde toda. Nada a ver comigo!

O quarto é da noiva que se acha moderna: Essa certamente vai matar a sogra do coração quando subir ao altar!
O quinto é da noiva sexy: Essa já está pensando na lua-de-mel.

O sexto é da noiva ousada: Casar no verão com um curtinho é perfeito.

O sétimo é da noiva fashion: Flores naturais no vestido são a última moda!

O oitavo é da noiva princesa: A opção da menininha que encontrou o príncipe encantado! Ou, pelo menos, pensa que encontrou.
O nono é da noiva medieval: Essa não se ligou que já estamos no séc XXI. Mas se o casamento for temático até que fica interessante.
O décimo é o que eu escolheria para mim: Talvez eu mudasse algumas coisinhas, como colocar um chápeu, já que eu pretendo casar de dia. Mas esse foi o que mais gostei. Lindo, não? Simples e sofisticado.

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És belo, és forte, és risonho e límpido?



Genteeeeeeeeee!
Pelo amor de de Deus o que é essa mulher completamente insana cantando o Hino??
Sério, não posso acreditar que ela realmente tentou inventar uma parte da letra!!
"És belo, és forte, és risonho e límpido...
Se em teu formoso, risonho e límpido
A imagem do cruzeiro..."
De onde essa descordenada tirou essa parte da letra?! Da parte inativa do cérebro dela, só pode!! E ela ainda estava com a letra na frente, era só ler, a não ser que ela não saiba... O que é provável!
Sinceramente, eu já não gosto de Hino cantado e ela ainda está toda desafinada e não respeita a métrica.
Pena mesmo eu tenho do pobre músico que estava acompanhando ela. O azarado ainda tentou ajudar, mas não foi muito feliz.
Poxa, o Hino é um dos símbolos máximos do patriotismo e a Vanusa simplesmente me fez ter vergonha de ser brasileira.
E pra completar ela ainda queria cantar a segunda parte do Hino. Ainda bem que ela foi interrompida!!
Se liga Vanusa, aprende primeiro tá querida?!

Presta atenção como se faz:

Inevitável

As lágrimas explodem impiedosamente pelas pálpebras cerradas e o coração está estraçalhado em milhões de pequenos fragmentos, que como um cristal, jamais poderão ser colados.
Ela tem esperança de que aquilo tudo seja uma brincadeira de mal-gosto e que ele vá levantar-se a qualquer momento para dizer-lhe que voltou. Voltou pra ela. Voltou por ela. Os minutos passam e a cada tique do ponteiro ela realiza que aqueles olhos não voltarão a brilhar outra vez.
Ela é amparada pelas pessoas ao redor, que não a deixam aproximar-se dele. Ele está ali. Está a poucos centímetros, mas por mais que ela tente não consegue tocá-lo. A multidão se multiplicou e ela ouve gritos desesperados ao seu redor. Ela não grita. O seu silêncio é a única testemunha da sua dor. As pessoas falam com ela, mas ela não responde. E num segundo tudo vira treva.
Enquanto ela é levada dali, as lágrimas escorrem pelo seu rosto desacordado. E assim foi até a hora em que ela finalmente desperta.
A fronha do travesseiro e as suas roupas estão ensopadas de água salgada. Sentindo-se tonta ela põe as mãos na cabeça a pára a pensar.
O homem ao seu lado espera pacientemente. Voltando a si ela olha o velho senhor e ele simplesmente assente positivamente com a cabeça, respondendo àquela pergunta tácita. As lágrimas brotam dos olhos com ainda mais intensidade do que antes, se é que isso é possível.
A menina está sozinha.
Flashes de memórias fazem com que a sua dor seja física. Ela abraça-se tentando amenizar o vazio que já não pode ser preenchido. As pessoas tentam fazer com que ela reaja de alguma forma, mas suas forças vitais parecem ter sido levadas com ele. E eles tentam e tentam.
Então, com um último suspiro ela levanta-se do seu ninho de escuridão e comparece na celebração mais fúnebre que sua alma pode agüentar.
E o homem fala coisas sobre o céu e terra. E o homem fala sobre amizade e amor. Por fim, o homem diz as palavras que ela espera, mas não quer ouvir.
“ELE SE FOI”.
Ela não quer acreditar. Ela precisa acreditar. Ela tem que vê-lo mais uma vez.
Pedidos e suplicas não são o bastante, ele não está mais aqui é o que todos dizem.
Eu vou voltar, ele disse naquele momento final. E ela vai esperar o tempo que for, mesmo que este tempo seja uma vida.
O destino não tem sido justo com a pobre menina. Roubou seus planos e seus sonhos. Ela não pode continuar. Não sem ele.
Sozinha, sob a sombra da macieira ela lembra o dia em que o conheceu, das mãos deles entrelaçadas e do último abraço. Ela não quer lembrar. Mas é impossível com seus nomes entalhados no tronco da árvore. Ela lembra desse dia também e de como as folhas caíam no início do outono. E dos olhos cor-de-mel e de como ele abria os braços esperando que ela chegasse.
Ela quer que seja real. E quer poder segurar sua mão mais uma vez.
O Senhor aproxima-se tão devagar que ela nem percebe. Estendendo-lhe a mão ele pede que ela o acompanhe. Ainda enxugando os olhos molhados ela confessa seus devaneios mais secretos. Eles caminham em direção ao salão.
As mesas estão cheias e os alunos riem e brincam uns com os outros. Só parecem lembrar-se do acontecido quando ela está presente - já faz dois meses que isso se repete - e nesse momento o Senhor a conduz por entre as cadeiras. O silêncio predomina o ambiente. Segundos depois de saírem do salão já se pode ouvir as vozes novamente.
Param em frente a uma porta que com um clic abre-se para eles. Entram. O escritório é repleto de livros. Uma mesa de mogno está colocada no centro do cômodo. O Senhor, então, empurra a estátua de gesso sobre a mesa e uma porta abre-se ao lado do espelho.
Eles entram e caminham por um longo corredor estreito e mal iluminado. Chegam a uma câmara subterrânea que possui apenas uma fonte com um chafariz no centro. A água azul brilha como se mil cristais estivessem misturados a ela.
A menina não entende nada do que está acontecendo. O Senhor aproxima-se dela e entrega-lhe uma moeda de prata. Ela a pega e o homem sai da câmara deixando-a sozinha com as suas dúvidas.
Hipnotizada pelo brilho da água ela vai até a beira da fonte. De perto era ainda mais bonita e brilhante. No fundo, havia apenas mais uma moeda. Ela finalmente olha para o objeto de prata em sua mão e percebe que há uma inscrição.
“SEU DESEJO MAIS PROFUNDO VIVERÁ POR UM SEGUNDO”
Ela, agora, sabia o que devia ser feito. Fecha os olhos e com toda a esperança que ainda lhe resta, joga a moeda na fonte. Ela espera. Nada acontece. Nenhum sinal, nenhuma luz, nada.
Seu desejo não ia ser realizado, afinal. Isso é tudo uma bobagem. Por que eu ainda estou aqui?, ela pergunta-se.
De repente uma voz chama por seu nome. Ele reconhece o timbre que muitas vezes a fez dormir. Vira-se e ele está ali. Ele está com a sua fita vermelha amarrada no pulso, exatamente como ela havia deixado.
Ele sorri.
Ela corre e pára a centímetros de seu corpo. Ela está com medo de que seja irreal e de alguma forma é. Pela primeira vez ela receia tocá-lo.
Ainda sorrindo ele pega a mão da menina. O abraço é inevitável. Os dois corpos formam um encaixe perfeito. Palavras não podem descrever a onda de sentimento presente. Ele encosta a boca no ouvido dela e sussurra:
“EU VOLTEI POR VOCÊ”
Ela nada diz e beija-lhe os lábios. As lágrimas começam a escorrer por suas bochechas rosadas. O fôlego acaba e as bocas afastam-se procurando oxigênio. Ele toca-lhe o rosto e diz olhando em seus olhos:
“SEJA FELIZ”
Ela pisca lentamente recuperando o ar enquanto ele desaparece dos seus braços como névoa de uma manhã fria.

Mestre Neruda


Hoje dia 12 de Julho de 2009 o mestre da poesia Pablo Neruda completaria 105 anos.
O poeta nasceu em Santiago no Chile, em 1904. Com apenas 13 anos de idade, começou a colaborar com o jornal "La mañana", onde publicou seu primeiro poema, Entusiasmo y perseverancia. Publicou seu primeiro livro "Crepusculario" em 1923 e um ano depois lançou um de seus trabalhos mais conhecidos "Veinte poemas de amor y una cancion desesperada".
Uma curiosidade: Neruda sempre escrevia usando caneta de tinta verde, pois para ele verde é a cor da esperança.
Pra quem quer ver Neruda no cinema, ele tornou-se o personagem principal do filme "O carteiro e o Poeta", onde o mostra exilado na Itália nos anos 50, ensinando um humilde e ignorante carteiro, a força do amor e da poesia.

Como eu sou uma amante da boa poesia colocarei abaixo um dos meus poemas preferidos do grande poeta que muitas vezes embalou as minhas noites de insônia.

"Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te diretamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono".


Pablo Neruda

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Untitled

Primiro Capítulo:

O encontro

Senti um ar gelado percorrer meu corpo e meu abracei tentando amenizar o arrepio. Por que eu não tinha pegado o casaco? A mãe disse que podia esfriar de noite. Eu vestia uma blusa surrada e um jeans velho. Meu All Star azul era bem eficiente nesses dias em que eu precisava caminhar tanto. Além do frio súbito – estávamos na primavera e fazia calor – não percebi nada de diferente. Mas ele já me acompanhava, mesmo antes de eu notar.
Distraída eu trocava de música no MP3 insatisfeita com a rádio local. Os fones estavam com um volume bem alto, por isso eu não ouvia os ruídos da rua já quase deserta.
Ele me seguia com passos calmos e contados, numa velocidade constante. Para os outros pedestres ele aparentava passear calmamente olhando as vitrines das lojas com as grades fechadas. Porém para mim não seria apenas isso.
Eu pensava em várias coisas enquanto ouvia Tiago Iorc no volume máximo. Eu pensava nas provas de fim de semestre, nos trabalhos atrasados, nas fotos não reveladas, nas contas a serem pagas... E em como tudo isso era insignificante diante daquele céu imenso. Eu até esbocei um sorriso quando vi uma estrela cadente e fechei os olhos para fazer um pedido. Nesse momento tropecei num pedaço de concreto solto da calçada e fui caindo quase em câmera lenta.
No segundo em que eu ia bater no chão senti duas mãos grandes e frias segurarem meu braço e cintura, impedindo que eu me esborrachasse no cimento. Por ato reflexo me segurei com toda força naquele par de braços e me joguei contra o seu corpo num impacto constrangedoramente forte. Atônita, eu não sabia se ria, chorava ou agradecia a pessoa que me tinha “salvado” desse quase tombo.
Percebendo que ainda estava em seus braços, me afastei rapidamente. Com as bochechas rosadas de vergonha eu ensaiava mentalmente um agradecimento satisfatório. No momento em que eu ia respirar pra começar a me desculpar, finalmente olhei para aquele rosto até então desconhecido e emudeci.
Ele estava parado com as mãos nos bolsos, me olhando fixamente. Aqueles segundos foram os mais longos da minha vida. Meu coração pulava dentro do peito e eu nem sabia se ainda era por causa do susto. Ele sorriu – os dentes eram impecavelmente brancos e brilhantes – e disse:
— Você devia tomar mais cuidado com essas calçadas. Eu posso não estar perto da próxima vez.
A voz dele era a melodia perfeita para os meus ouvidos e foi como um estalo para eu voltar à realidade.
— É... muito obrigado – eu disse completamente inebriada – e eu vou tomar mais cuidado sim.
Comecei a andar para o lado oposto ao que eu vinha anteriormente. Então ele me chamou:
— Moça, você deixou cair.
Caramba, eu nem tinha visto o MP3 voar do meu bolso junto com os fones. Me virei e andei na sua direção com a melhor cara que eu pude fazer. Ele me entregou o aparelho.
— Você realmente tem um péssimo gosto – ele disse zombando de mim.
— É... todos temos defeitos, mas podia ser pior! – falei sorrindo sem graça e voltando a caminhar.
— Realmente, eu podia ter te deixado cair – (ele estava debochando?)
Parei e voltei a olhar pra ele. Eu estava confusa com todo aquele poder de atração.
— Bem, muito obrigado mais uma vez – falei meio tonta – você me poupou de um constrangimento absurdo.
— Não precisa agradecer, o prazer foi todo meu. Além do mais não tem mais ninguém por aqui – a voz dele transbordava na minha cabeça.
Só agora eu percebia que a rua estava completamente vazia. Ainda bem. Provavelmente ninguém tinha visto a minha estabanação.
— É mesmo – respondi com uma surpresa quase exagerada.
Eu queria sair dali rápido, mas algo mais forte me impedia de deixá-lo. Olhei para os lados, zonza, parecia que eu tinha bebido. Percebendo a minha aparente confusão pisquei meus olhos e respirei profundamente tentando amenizar aquela sensação estranha.
Ele, então, sorriu o sorriso mais lindo que eu já vi na vida me estendeu a mão.
— Caius, muito prazer.

Tudo ao mesmo tempo


Ele me observava da última cadeira. Ele me via falar e gesticular freneticamente diante de um assunto. Ele me olhava cuidadosamente para ninguém notar. Ele estava atento a cada movimento meu.

E eu me fazia de indiferente

Indiferença essa adquirida com minha vasta experiência em ser absurdamente ignorada.
Indiferença essa que me seguia por onde quer que eu fosse. Ignorar e ser ignorada era a minha matéria preferida.
Quando ele falava, eu concordava. Quando eu falava, ele não respirava.
Era estranho o modo como ele se comportava na minha presença. Era estranho o modo como ele se comportava na presença de todo mundo. Ele era um cara estranho.
Meio sério, meio engraçado. Meio culto, meio idiota.

Meio a meio. 50% a 50%

Nem frio, nem quente. Mas também não era morno.
Era uma mistura de sim e não.

Ele conseguia me faz rir e chorar ao mesmo tempo. Com ele era sempre assim, tudo ao mesmo tempo.
Sol e chuva. Frio e calor.
E o silêncio...
Ele tinha o silêncio mais alto do mundo. Ele gritava calado.
Assim como me abraçava de olhos fechados.

Ele idealizava as causas mais perdidas possíveis.
Ele desistia das coisas fáceis e sempre queria as difíceis.
Eu me importava e ele não. Eu queria salvar o mundo e ele queria que o mundo o salvasse.

Nós éramos diferentes, mas nós éramos iguais.

Dois corações batendo juntos no mesmo compasso.
Dois caminhos que levam para o mesmo lugar.

E no fim ele era o ideal mais imperfeito que eu poderia ter encontrado.
Ele era o meu pesadelo açucarado.
Meio real, meio imaginação.
Meio documentário, meio ficção.
Tudo ao mesmo tempo!

Ele simplesmente vem

Minha noite está completamente vazia, mas minha cabeça está lotada de pensamentos surreais.
Surreal?! Já percebeu em quantos inúmeros textos eu escrevi essa palavra?!! Mas sabe, na verdade ela nem tem tanta importância assim... É que eu sou meio confusa daí acho que a grande maioria dos meus pensamentos não tem tanta importância.
Não sei porque ainda escrevo aqui, mas que ele me olhou nos olhos aquele dia... ah, olhou! Fiquei totalmente sem ação.
Mas mudando ou não de assunto, como o amor é improvável?!
Ele está sempre aqui quietinho, pronto pra entrar em cena a qualquer momento. Mas ele sempre escolhe o momento errado. Ou talvez a gente é que está errado quando ele escolhe o momento certo. Nessas questões do coração eu ainda estou na primeira série. Já passei por algumas provas, mas ainda falta muito pra me formar.
Sou amadora... é... Em qualquer sentido que essa palavra possa significar pra ti. Sou inexperiente, novata, caloura e sou também apaixonada, amante, intensa. Pelo quê? Pelos meus dias de alegria ou tristeza. Pelos meus livros lidos ou empoeirados. Pelas minhas músicas desafinadas ou no tom.
Amo tudo que tenho e tudo que quero ter. Meu copo está sempre metade cheio. E minha mente... Ah, esta não para nunca de trabalhar. Penso logo existo. Tremo logo sinto frio, ou não. Às vezes, tremo ao ver ele passar. E quando ele me olha de canto de olho e não desvia o olhar, aí sim eu sinto!
Sinto frio e calor ao mesmo tempo. Parece que existem mil borboletas frenéticas no meu estômago.
Então ele chega! Não, o amor. Na hora que deveria chegar. No fim não tem mais hora certa ou hora errada, ele simplesmente vem na hora que se está despreparado para não ter tempo de recusá-lo. Mas quem recusa um presente? Eu não! Algumas vezes eu agradeço e coloco dentro de uma gaveta para usar depois ou apenas passo adiante.
Porque quem não sabe apreciar o valor de um presente ruim, jamais saberá o que é ganhar uma coisa realmente boa.

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Desejo

Meu desejo não tem rima nem final. Meu desejo te deseja e quer teu mal.
Meu desejo quer tua boca colada na minha. Meu desejo te quer aportado e à deriva.
Meu desejo deseja não te desejar. Mas, na verdade, meu desejo quer rasgar tua roupa.
Meu desejo quer tua pele, quer tua mão na minha. Meu desejo quer teu sangue e o controle total da tua retina.
Meu desejo quer salivar com o odor de teu perfume. Meu desejo quer muito mais do que de costume.
Meu desejo quer teu fogo mais intenso.
E eu desejo que o teu desejo seja imenso.
Eu quero que o teu desejo diga que me ama. Eu quero que o teu desejo me leve de volta pra cama.
E o teu desejo, traiçoeiro, quer me ninar. Mas meu desejo é mais forte pra te desejar.
Te desejo sem corpo e sem rosto.
Te desejo sem corte ou esboço.
Te desejo sem voz e sem ar.
Te desejo apenas por te desejar.
Eu desejo que estejas com outra, pensando no contorno da minha boca. E desejando com teu medo reprimido, dormir com ela e acordar comigo.
E tu desejas tudo o que ela faz. Mas teu desejo me deseja muito mais.
Teu desejo precisa do meu hálito na tua nuca. Teu desejo quer minha carne nua e crua.
Teu desejo sonha com a hora que eu chego perto e te domino por completo sem ao menos te tocar. E o meu desejo tem sede da tua saliva molhando minha língua sem me deixar parar.
E o desejo de desejar que o teu desejo me faça tua devagar, aparece mais nítido quando penso em simplesmente não te desejar.

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Eu não era diferente

Pt.1

Eu me sentia feliz.
Extremamente completa e não desejava absolutamente nada. Eu pensava que era o bastante pra mim mesma, totalmente intransitiva. Eu achava que a minha vida era perfeita do jeito que estava, não tinha problemas. Não tinha nada com que me preocupar. Não precisava chorar com a partida de alguém e nem esperar que voltasse. Pois, afinal, eu não tinha ninguém.
Além do mais, eu não precisava de ninguém e ninguém precisava de mim. Ótimo. Tudo o que todas as pessoas reclamavam que faltava na suas vidas eu tinha de sobra: TEMPO.
Mas o que uma pessoa que tem todo o TEMPO do mundo podia fazer?
Pergunta fácil pra eu responder, já que eu era essa pessoa. Eu lia. Eu lia muito. Eu lia tudo. Eu também ouvia. Eu ouvia muito. Eu ouvia tudo. E, principalmente, eu aprendia.
Eu aprendi tudo o que minha mente podia ser capaz de interpretar. Eu aprendi das mais imensas fórmulas da física até a mais complexa das sinfonias. Eu precisava preencher meu tempo e eu tinha uma constante sede de conhecimento.
Até que um pequeno livro me chegou às mãos.
A capa era simples. Preta e branca. Duas estatuas de pedra se olhando, uma tocando o rosto da outra. Pensei que seria algo totalmente insignificante, mas como tinha TEMPO sobrando, abri.
Não era um livro comum. Percebi que era um tipo de peça teatral. Algo para ser interpretado. Mesmo assim fui lendo pagina após pagina. Fui me encantando com cada palavra, com cada frase. Até que uma passagem me chamou mais a atenção do que as outras.
“Amor é uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros; purgado, é o fogo que cintila nos olhos dos amantes; frustrado, é oceano nutrido das lágrimas desses amantes. O que mais é o amor? A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, doçura que preserva”.
Depois de ler esse trecho me pus a pensar o que era isso que tal autor descrevia com tanto furor. Nunca tinha lido nada parecido. Os outros livros me ensinavam teorias, números e artes complexas, mas isso era novo.
Sem entender continuei lendo e descobrindo mais coisas que jamais me foram apresentadas.
Paixão? Amor? Sentimentos?
Tudo parecia tão intenso, tão abrasador. E para mim era tudo tão inusitado. Como uma coisa assim poderia acontecer entre duas pessoas? Não poderia ser possível. As pessoas que conheci não possuíam tal dom, eram tão frias. Estava tudo tão destruído, tudo sem vida. Será?! Uma criatura viva disposta a morrer pela outra?!
No meu mundo isso é impossível. Todos existem pra si próprios, ninguém convive com outro da mesma espécie. No meu mundo a única palavra de ordem é medo. O único (sentimento?) que as pessoas cultivam é o ódio.
Mas amor? Como eu nunca havia ouvido sobre isso? Parecia uma coisa tão nobre. Tão boa?! E pela primeira vez eu senti um pequeno fio de esperança guiando minha existência.
No meu mundo as pessoas eram guiadas pelo dinheiro, pelo poder. Só pensavam em si e eu não era diferente. Até agora.

Estarei sempre aqui pra ti

Fugi de mim
Fugi de ti
tentei me esconder, sim eu confesso
Menti pra mim
Menti pra ti
errei e agora tudo que te peço

É tua atenção, é um olhar
pelo menos me deixa tentar consertar
e se mesmo assim não funcionar
enfim...
Eu vou estar aqui pra ti

Lembrei de mim
Lembrei de ti
uma lágrima escorrendo pelo rosto
Senti em mim
Senti em ti
que as palavras eram apenas um esboço

Do que eu tenho pra te dizer
e sei que pra algumas perguntas eu não tenho um por que,
mas se tudo que eu fiz não te convencer
enfim...
Ainda estarei aqui pra ti

Sonhei pra mim
Sonhei pra ti
que os nossos dias durassem eternamente
Olhei pra mim
Olhei pra ti
e vi o nosso futuro diferente

Então comecei a me imaginar
num mundo onde talvez você pudesse estar
e depois quando eu acordar
enfim...
Vou continuar aqui pra ti

Esperei de mim
Esperei de ti
tudo o que eu tive e não sabia
Colhi de mim
Colhi de ti
as incertezas que ainda tenho hoje em dia

E que me tiram todo o ar
preciso da tua boca pra me fazer respirar
e quando você quiser voltar pra mim...
Estarei sempre aqui pra ti

Estarei sempre aqui pra ti!

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E agora a noite vem


Palavras jogadas ao vento
Desculpas que não mudam nada
Prefiro ficar em silencio
E voltar sozinha pra casa
No escuro eu deixo escapar
Que mesmo depois desse fim
Tudo podia dar certo
Mas eu não quis assim

E agora a noite vem e eu fico sem ninguém

Nem sempre o certo é o melhor
Mas eu já fiz minhas escolhas
Podia ter sido pior
E as lagrimas já estão secas
Pensando no que podias ter sido
Eu olho pra cama vazia
Apago todos os beijos
E deito na coberta fria

E agora a noite vem e eu fico sem ninguém

Sem ninguém pra me dizer todas as mentiras que eu fingia acreditar
Sem ninguém pra me ninar enquanto me beija a boca
Sem ninguém pra me cobrir e afagar meu cabelo úmido
Sem ninguém pra me fazer dormir e depois acordar comigo

E agora a noite vem e eu fico sem ninguém

Quem sabe ele também sente saudade

Quanto tempo faz que eu não escrevo? Nem lembro mais!
Pois é, vou tentar escrever com mais freqüência, mas a facul ta tirando todo o meu tempo livre!!
É... também fiquei sabendo que um certo garoto (aquele que costumava ser meu melhor amigo e no fim foi meu pior namorado), andou dando uma lidinha nas minhas historinhas... Espero que ele tenha gostado. Mas eu queria era saber como será que ele achou esse blog???
Bem, como eu não sei, mas imagino o porquê. Quem sabe ele também sente saudade dos velhos tempos.
Mas isso já não me importa mais!
Sabe, eu tenho uma virtude muito conveniente para esse tipo de situação. Sou capaz de deletar memórias e pessoas que não me fazem bem. É difícil no começo. Muito difícil, eu tenho que admitir. Só que quando eu realmente consigo sou muito competente!!
Prefiro ter novas histórias pra contar a ficar relembrando um passado que até foi bom, mas que hoje me faz mal.
Yes baby...
Novos amigos novas histórias, velhos amigos novas histórias.
Amigos esquecidos, histórias arquivadas para uma possível avaliação posterior.

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A complexibilidade do verso

É muito fácil dizer que não se importa quando está longe
É muito fácil ignorar um sentimento quando a gente se esconde
Mas fácil mesmo é fingir que tudo está bem.
É muito fácil sorrir admirando o sol no horizonte
É muito fácil esquecer o que está extremamente distante
Mas fácil mesmo é ouvir uma musica pensando em alguém.

Porem, às vezes, o que é fácil não é tão agradável e o doce mais delicioso pode enjoar.
É como se sentir feliz o bastante para ter vontade de chorar.
Assim como a chuva que molha, mas que também pode purificar, afogando aquele pesadelo que te impede de sonhar.

É muito difícil recomeçar quando a gente percebe que acabou.
É muito difícil esquecer de uma historia que passou
Mas difícil mesmo é fingir que tudo está bem.
É muito difícil sorrir quando a graça se esgotou
É muito difícil tentar ler o que a borracha já apagou
Mas difícil mesmo é ouvir uma musica pensando em alguém .

Então o que é difícil parecer ser mais fácil e o fácil não parece ser tão difícil
Simplificando um problema complexo que foi imposto desde o inicio
Toda a resolução implica um processo de extrema atenção
A partir daí pare e pense se as coisas continuam tão difíceis como achamos que são.

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