Espaço da Redação

GENTE, gente, GeNtE, gEnTe.
Esqueci de compartilhar meu texto que saiu no Espaço da Redação desse sábado. Especialmente prozamigos queridos! <3

Uma terça qualquer de junho


"Já vi muitas pessoas idiotas no trânsito, mas nenhuma delas jamais vai se comparar a que eu conheci em um dia qualquer de junho. Na verdade, estou sendo generosa chamando aquele tipo de gente de pessoa, porque é impossível um ser com o mínimo de discernimento agir de uma forma tão medíocre. 

Era uma terça-feira. Este é o dia da semana que meus amigos e eu costumamos curtir um happy hour tranquilo comendo um belo pastel em um boteco por aí. Rimos, conversamos e nos despedimos como tantas outras terças, mas nesta ninguém foi para casa em seguida. 

Uma parte do grupo entrou em um dos carros. Fizemos uma volta na quadra e ao passar pela frente do local onde estávamos percebemos que nossos outros amigos ainda estavam parados ali. Estacionamos e preocupados fomos ver o que estava acontecendo. Resultado: o carro deles havia encostado no detrás ao dar marcha a ré.

Até aí tudo normal, afinal, quem nunca cometeu essa infraçãozinha que atire a primeira pedra. O problema começou quando o dono do carro “batido” decidiu que o melhor a fazer era complicar a vida de todos os envolvidos ao invés de trocar telefones e resolver tudo numa boa. O homem, com um copo de cerveja na mão, diga-se de passagem, exaltou a voz e esbravejou que ia chamar a polícia e que queria uma ocorrência. Eu, que não tenho a paciência como uma virtude, perguntei se alguém tinha se machucado e onde estava o dano material já que nada estava amassado. A criatura, com 50 pedras na mão, me respondeu que o dano estava no patrimônio dele e toda aquela enrolação que ninguém aguenta mais ouvir das pessoas que não têm razão, porque no para-choque dele não tinha nada. Nada. 

Claro que um animal irracional sempre anda em bando e a sua matilha estava ali salivando álcool e deboches. No fim, optamos por chamar os agentes de trânsito, que chegaram de uma forma bem amena e realizaram a tão pedida ocorrência sem maiores problemas. Mas o ponto alto da minha noite foi ver a cara de um dos oficiais ao anotar o dano inexistente naquele carro, cuja cor na cartela do CorelDraw oscila entre o verde imbecil e o metálico homofóbico. 

Chego à conclusão que pessoas deste nível de mediocridade não deveriam conviver em sociedade. Tenho certeza que se estivesse no lugar deste mal-educado, eu acordaria no outro dia sentindo vergonha de mim mesma. Sorte que eu sou eu."

Amanda Lopes

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