Café Aquárius
E naquele instante, percebo que algo está errado. Eu?
Sinto que os fones prejudicam os olhos. Prejudicavam.
Eventualidades faziam com que ela por ali vagasse, no trajeto contínuo, irrisório e cotidiano.
As árvores eram artificiais. Assim como os cumprimentos.
Cheiro a café? Só no cerebelo.
Ali restava o mijo da noite anterior, os restos de lixo e a luz. Barulho. Dos saltos. E aquele vento. Ar demoníaco que insistia em parar e rir daqueles sujeitos, sem jeito, nem rima.
Tudo para que o povo fosse às ruas. Mas o povo não a ele pertence. É um conglomerado esquisito de sonhos derrotados, de babas escrachadas e bengalas esgotadas.
E nem o tempo ousa parar naquele burburinho insuportável. Atravessa em traços, gestos, pausas, ritmos e tropeços.
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