11 horas
Sufocando aos poucos, tentando encontrar o ar na imensa e degradante imprecisão dos olhares perdidos que apenas cercam. Tudo se resume em nós e eles se desatam cada vez mais rápido. Doloridos. Aflitos. Bandidos.
Apertando onde mais dói, é assim que eles se multiplicam. Marcam a pele e deixam feridas. Esquecer é inválido, ignorar é interessante. Sem súplicas, apenas silêncio.
Voltam no tempo, mas não há diferença. Às vezes é preciso deixar tudo como está. Às vezes é preciso mudar.
As linhas se cruzam e o abismo abre uma porta de possibilidades. São duas vozes gritando no mesmo ouvido e a boca só cala.
A sensação é como padecer em um sonho febril e o calor do espaço não é capaz de completar o vazio que fica quando se sente que nada é tão especial quanto deveria.
Exalando promessas ela adormece e espera que o sol apareça antes das 11 horas.
Amanda
Amanda
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